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ESCLERODERMIA CURADA GRAÇAS A CÉLULAS-TRONCO ADULTAS


Testemunho de Sharon Porter e congresso no Vaticano


ROMA, terça-feira, 15 de novembro de 2011 (ZENIT.org) – Sharon Porter, curada graças a células-tronco adultas, deu um depoimento sobre a eficácia desta terapia contra a esclerodermia, em apresentação no Vaticano, durante o congresso “Células-tronco adultas: ciência e futuro do homem e da cultura” (9-11 de novembro), organizado pelo Conselho Pontifício da Cultura, em colaboração com o projeto STOQ, o Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde e a Academia para a Vida.
O congresso foi apresentado pelo cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do dicastério organizador, acompanhado pelo padre Tomasz Trafny, responsável pelo departamento científico do mesmo dicastério, além de Tommy G. Thompson, ex-ministro da Saúde dos Estados Unidos, e Robin L. Smith, administradora delegada da NeoStem e presidente da fundação Stem for Life.
A terapia com células-tronco adultas é considerada eticamente satisfatória, pois não leva à destruição da vida humana como no uso de células-tronco embrionárias, as quais, além da objeção moral, apresentam risco médico de câncer e por isso não são usadas em pacientes, segundo Smith.
Em entrevista coletiva, Sharon Porter narrou que, aos 38 anos, foi vítima de esclerodermia sistêmica, uma doença auto-imune que afeta principalmente os pulmões e a pele. Suas mãos se contraíram e ficaram cheias de feridas. A doença afetou sua mobilidade e sua qualidade de vida. Os pulmões desenvolveram hipertensão e fibrose. Os tratamentos clássicos combatiam apenas os sintomas, mas não atacavam a causa da doença.
Com a esclerodermia progredindo, Porter recorreu ao professor Richard Burt e ao departamento de Imunoterapia do Hospital Norocidental de Chicago. A terapia consistiu em reconstruir a parte deficiente do sistema imunológico e tratar da doença em si, não só dos seus sintomas, mediante transplante de células-tronco adultas da própria paciente.
A melhoria, segundo Porter, foi repentina: sua mobilidade melhorou, a pele recuperou a elasticidade e sua tensão arterial voltou aos níveis normais. Os esteróides foram abandonados e ela retomou seu trabalho como enfermeira. Restam apenas algumas sequelas da esclerodermia.
Smith abordou ainda o caso da estudante Bethany Pappalardo, vítima de esclerose em placas desde os 18 anos e sob ameaça contínua de uma crise fatal. Depois de perder o cabelo com tratamentos ineficazes, ela contatou uma equipe de terapia celular que trabalha com células-tronco adultas, a do já citado doutor Richard Burt. Desde o transplante de células, há cinco anos, ela não voltou a sofrer crises e seu corpo “funciona normalmente”: as células-tronco adultas repararam seu sistema imunológico.
O doutor Burt, que tratou as duas pessoas, participará no congresso para divulgar o progresso desta terapia celular.
Smith recordou também a cura de Stephen Sprague, afetado aos 14 anos por uma leucemia mielóide crônica. Os médicos já o tinham desenganado quando o doutor Andrew Pecora e o doutor Robert Preti foram autorizados a submetê-lo a uma terapia celular a partir de células de cordão umbilical. Seu sistema imunológico se reconstruiu.
Os “grandes progressos” desta terapia nos últimos dez anos foram destacados por Smith, que acrescentou que em breve poderão ser reconstruídos tecidos danificados e que órgãos como o coração poderão ser reparados. As tecnologias já permitem tratar de pacientes seis dias depois de um ataque cardíaco.
Em junho último, Smith havia recordado outra cura, a de Bernie van Zyl, autor do livro How Adult Stem Cells Saved My Life [Como as células-tronco adultas salvaram a minha vida]. Van Zyl faleceu em 2009, depois de desfrutar da volta à vida normal graças às células-tronco adultas. Ele deixou sua herança para o financiamento de pesquisas sobre a terapia celular adulta.
Fonte: ZENIT.org

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