Roma, 21 abr (RV) - Realizou-se nesta segunda-feira, dia 20, na Basílica de São João de Latrão – sede da Diocese de Roma – com o título "Quando a vida termina?", o encontro do ciclo "Diálogos na catedral", introduzido pelo cardeal vigário, Agostino Vallini. Tratou-se de uma reflexão sobre o fim da vida, à luz do projeto de lei aprovado pelo Senado italiano e que está sendo agora examinado pela Câmara dos Deputados. Uma interrogação simples e direta, mas que necessita de clareza. Quando a vida acaba? De que vida estamos falando? É lícito dar fim à existência? Pode uma lei do Estado disciplinar essa matéria?
O presidente da Pontifícia Academia para a Vida, Dom Rino Fisichella, reitor da Pontifícia Universidade Lateranense, foi o moderador do debate, protagonizado pelo presidente honorário do Comitê Nacional Italiano de Bioética, Francesco D'Agostino, e pela presidente da Associação Ciência e Vida, Maria Luisa Di Pietro.
Dom Fisichella, que é também bispo auxiliar da Diocese de Roma, evidenciou a importância de um papel ativo da Igreja, que "tem o direito de fazer ouvir a sua voz" e sugeriu um binômio eficaz para se chegar a uma posição comum entre as muitas teorias sobre o término da vida.
"Sobre esse tema, fé e razão podem e devem confrontar-se entre si; a verdade de uma deve ajudar a verdade alcançada pela outra e, juntas permitir se chegar a um juízo que dê serenidade à consciência, evitando ulteriores conflitos."
Durante o debate, foram evidenciadas as muitas perspectivas a partir das quais abordar a questão. Segundo o presidente da Pontifícia Academia para a Vida, "não é eliminando aquilo que a razão não explica" que se podem dar respostas.
"Somente na medida em que se é capaz de dar uma resposta repleta de amor, então se é capaz de enfrentar a interrogação sobre o sentido da dor e da morte; contrariamente, a questão sobre o sentido da vida será sempre submetida ao absurdo e não poderá encontrar o homem na instância mais pessoal, que é a instância da vida, não da morte.
"De fato, como se lê no livro do Cântico dos Cânticos, o amor é forte como a morte: um sentimento comovente e salvífico.
Fonte: Radio Vaticano
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