"Há uma certa visibilidade de Deus no mundo, na Igreja, que devemos aprender a compreender. Deus criou o homem à sua imagem, mas esta imagem foi coberta por tanta sujidade do pecado, em consequência da qual Deus já não transparecia. Assim, o Filho de Deus fez-se verdadeiro homem, imagem perfeita de Deus: desta maneira, em Cristo podemos contemplar também o rosto de Deus e aprender a sermos nós próprios verdadeiros homens, verdadeiras imagens de Deus. Cristo convida-nos a imitá-l'O, a tornarmo-nos semelhantes a Ele, de modo que transpareça de novo em cada homem o rosto de Deus, a imagem de Deus. Na verdade, Deus tinha proibido no Decálogo que se fizessem imagens de Deus, mas isto era por causa das tentações de idolatria às quais o crente podia estar exposto num contexto de paganismo. Mas quando Deus se fez visível em Cristo mediante a encarnação, tornou-se legítimo reproduzir o rosto de Cristo. As santas imagens ensinam-nos a ver Deus na representação do rosto de Cristo. Depois da encarnação do Filho de Deus, tornou-se portanto possível ver Deus nas imagens de Cristo e também no rosto dos Santos, no rosto de todos os homens nos quais resplandece a santidade de Deus.
PAPA BENTO XVI
AUDIÊNCIA GERAL
Praça de São Pedro
Quarta-feira, 29 de Abril de 2009
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