A encíclica Caritas in veritate chama à atenção de um mundo marcado por preocupações profundas e transformações epocais "os temas centrais que se referem à vida do homem em relação aos seus semelhantes e as grandes questões que dizem respeito às nossas sociedades". Escreveu o Presidente da República Italiana, Giorgio Napolitano, numa carta enviada ao Pontífice na quarta-feira, 15 de Julho. O Chefe do Estado diz que leu "com grande interesse" o documento papal, que "leva a sua mensagem ressalta ao âmbito de uma sociedade na qual existem nestes anos apreensão e incerteza não só pelas perspectivas e pelo futuro da economia mundial e do desenvolvimento, mas também pelas mudanças que se vão delineando nas relações humanas, no mundo do trabalho e da empresa, nas relações entre os habitantes do planeta, o meio ambiente e os recursos naturais que por muito tempo foram considerados inexauríveis".Os votos de Napolitano são por que os temas "traçados pela encíclica e ligados por aquele fio condutor que Vossa Santidade soube tornar visível no texto de modo tão claro" constituam "um estímulo para uma reflexão que poderá ser benéfica para todos". O Presidente ressaltou, em particular, o trecho no qual o Papa realça que hoje "a questão social se tornou radicalmente uma questão antropológica". Trata-se evidencia de "um convite a uma reconsideração aprofundada e serena de muitos aspectos da vida e do funcionamento das agregações humanas, com particular referência "ao sentido da economia e das suas finalidades" e à necessidade de uma "revisão profunda e clarividente do modelo de desenvolvimento", para corrigir as suas disfunções e deturpações".
Na conclusão da carta o Chefe do Estado garante a Bento XVI a sua "mais alta consideração" e a "atenta participação no seguimento do desempenho da sua missão quotidiana e extremamente empenhativa".
Fonte: L'Osservatore Romano
O FIO CONDUTOR DA ENCÍCLICA CARITAS IN VERITATE
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