Bento XVI defendeu hoje uma reconciliação entre a tradição religiosa e o secularismo, em Portugal. "Nestes séculos da dialéctica entre iluminismo, secularismo e fé, não faltaram nunca pessoas que quiseram criar pontes, um diálogo", constatou, lamentando a "tendência dominante" de opor estas dimensões. O Papa falava aos jornalistas, a bordo do voo que o transportava até Lisboa, recordando a "longa história" do secularismo e do iluminismo país, a respeito da qual evocou o nome do Marquês de "Pombal". "Ao longo destes séculos, Portugal viveu sempre na dialéctica" que hoje assume novas formas, disse. A presença do secularismo foi classificada como "normal", mas o Papa sublinhou que "o grande desafio actual é que este e a "cultura da fé" se encontrem e descubram "a sua verdadeira identidade".
Para Bento XVI, neste momento existe "uma hipótese" para encontrar "a síntese" para um diálogo "profundo e verdadeiro". O Papa considera a cultura europeia não pode ser apenas "racionalista, sem dimensão religiosa e transcendente", considerando que assim não poderia entrar em diálogo com as grandes "tradições culturais da humanidade". "A razão como tal é aberta ao transcendente", defendeu.
Octavio Carmo
Agência Ecclesia
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