2012-08-02 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV)
- Bento XVI concluiu o livro sobre a infância de Jesus: foi o que
anunciou o Cardeal Secretário de Estado, Tarcisio Bertone, nesta
quarta-feira, em Valle d'Aosta – noroeste da Itália –, onde está
transcorrendo um período de repouso.
E na manhã desta quinta-feira a
Sala de Imprensa da Santa Sé precisou que agora "estão sendo feitas as
traduções para as diversas línguas, a partir do texto original escrito
em alemão". O purpurado falou também sobre uma nova Carta encíclica.
Portanto,
o Papa concluiu o seu terceiro volume sobre Jesus de Nazaré, dedicado
aos Evangelhos da infância: segundo o Cardeal Bertone é um grande
presente para o Ano da Fé, que se iniciará em outubro próximo. Leremos o
livro com grande expectativa e muito gosto – afirmou.
Por sua vez, a
Sala de Imprensa da Santa Sé faz votos de que a publicação do livro "se
dê simultaneamente nas línguas de maior difusão", bem sabendo que para
isso será necessário "um côngruo espaço de tempo para uma tradução
precisa de um texto importante e esperado".
Ademais, talvez tenhamos uma nova encíclica – acrescentou o Cardeal Bertone –, a quarta do Pontificado após a Deus caritas est de 2005, a Spe salvi de 2007, e a Caritas in veritate de 2009.
À
margem de uma missa celebrada na igreja paroquial da localidade de
Introd, no Valle d'Aosta, o Secretário de Estado vaticano disse, inda,
que nesse período de repouso está revendo documentos, anotações e
problemas que precisam ser colocados em ordem, naturalmente sempre em
contato com Roma, quer com os seus colaboradores, quer com o Papa.
O Papa Bento XVI e a Nova Evangelização
Na
homilia, recordando a memória litúrgica de Santo Eusébio de Vercelli –
celebrada neste 2 de agosto –, destacou a obra de evangelização feita
pelo bispo, que "não ficou em sua casa". "Para levar o Evangelho e a
salvação de Cristo a todos os lugares, enfrentou viagens duríssimas,
perigos, incompreensões e perseguições dos inimigos".
"Quando se fala
em 'nova evangelização' – observou o Cardeal Bertone – devemos saber
reconhecer nessa expressão toda a confiança que Deus deposita em nós
hoje, no querer-nos anunciadores do Evangelho no meio de nosso povo,
tanto quanto os primeiros discípulos entre os pagãos de seu tempo.
"Em
todo âmbito social: no trabalho, no matrimônio e na família, como em
todos os grupos de amigos e de engajamento social, cada um é realmente
imprescindível para uma ramificação do testemunho de fé", exortou o
purpurado.
Nesse contexto, "então compreendemos a grande importância
do anúncio feito por Bento XVI de proclamar o Ano da Fé, que terá início
em outubro próximo, à distância de 50 anos da abertura do Concílio
Ecumênico Vaticano II."
"Será um ano importante, basta pensar na
necessidade do nosso tempo de servir à causa do homem" que, segundo
Bento XVI, sem Deus "não sabe para onde ir e nem mesmo consegue
compreender que ele é".
"Conscientes da nossa dignidade de
colaboradores ou de agentes de uma 'nova evangelização', devemos
cultivar uma grande paixão por Deus, em primeiro lugar."
"Mas devemos
também esforçar-nos de muitos modos para descobrirmos novamente,
mediante uma formação realmente cristã, os muitos tesouros da nossa
cultura e da fé que muitos perderam de vista e que, por isso mesmo, se
tornaram quase irreconhecíveis" – concluiu o Cardeal Bertone. (RL)
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